Em terapia de casal, este tópico surge várias vezes.
O sexo pode ser uma estratégia de regulação emocional dentro da relação, mas vale a pena refletirmos na função que este está a desempenhar e perceber se o mesmo vem acompanhado de escuta, empatia e validação mútua.
Quando o sexo (ou a intimidade) é utilizado para “silenciar” e/ou “esquecer” uma possível discussão ou zanga, pode tornar-se uma forma de evitamento emocional, onde apenas se vai ignorando o problema inicial. A questão é que ignorar e evitar falar sobre algumas questões só traz uma paz momentânea.
O desejo de reconciliação através da intimidade física é natural, mas levanta questões importantes:
- Sentiram-se realmente ouvidos antes de se aproximarem?
- Esta aproximação serviu para reforçar o vínculo ou apenas para evitar o conflito?
- Qual é o papel do sexo nesta situação?
A intimidade física pode ser uma forma poderosa de conexão. Mas quando acontece antes de resolvermos as emoções e os conflitos, corre o risco de se tornar um escape e não uma solução. É importante mantermos presente que:
- O mais saudável é que o sexo venha depois do entendimento e não no lugar dele.
- Se sentem que este padrão se repete no relacionamento, pode ser sinal de que há dinâmicas a serem trabalhadas.
A terapia de casal pode ajudar-vos a comunicar de forma mais clara e a reconstruir o vínculo de forma consciente. Entrem em contacto connosco se sentirem que sair deste padrão e/ou falar sobre alguns temas se torna difícil!




