Está calor, tudo cola, o ar está parado… e alguém pergunta: “hoje apetece-te? — só se for um duche frio.”
O verão pode ser ótimo para muita coisa, mas nem sempre para a intimidade. Com o calor excessivo, o corpo fica mais cansado, o humor piora, e o desejo… vai de férias. E está tudo bem com isso.
É importante normalizar estas oscilações. O desejo sexual não é uma linha reta — depende de vários fatores, como alterações hormonais, stress, fadiga, e das condições ambientais.
A boa notícia? O desejo volta, mas para isso é importante haver comunicação empática e escuta ativa entre o casal, sem pressão, sem culpa, sem expectativas rígidas.
A intimidade pode assumir formas mais suaves, e isso também é vínculo, também é desejo, só que noutra linguagem. O que conta é manter o espaço para o encontro físico ou emocional. No verão, a conexão entre o casal pode ser planeada de outras formas: um mergulho a dois, um jantar descontraído, um passeio ao final da tarde, ou simplesmente estarem lado a lado com a ventoinha ligada.
E quem sabe, quando a noite cair e a temperatura baixar, o corpo volte a despertar, com vontade renovada. Ou não. E está tudo bem na mesma.
Respeitar o próprio ritmo e o do outro é também uma forma de amar. É assim que se cria segurança na relação: quando há lugar para o desejo, mas também para o “hoje não”, dito com tranquilidade e sem medo.




