Agenda cheia, cabeça a mil e ainda assim… diz que sim a tudo?

Já deu por si a receber um pedido de alguém e a responder automaticamente “Claro! Sem problema!”? Pois bem, tenho de lhe confessar que pode tornar-se um problema! 

Dizer que “sim” a tudo pode parecer simpático e, possivelmente, os outros vão ficar satisfeitos com a resposta. O problema surge porque, na realidade, este comportamento pode ter um (grande) custo para si.

O tempo não estica. Quando acede a tudo o que os outros lhe pedem, alguma coisa vai, inevitavelmente, ter de ficar para trás: alguma tarefa que precisava mesmo de fazer, algum plano que já estava na agenda e queria muito ou o seu próprio descanso, que vai ficar para depois. A consequência? Provavelmente um elevado nível de exaustão, falta de tempo para si e, consequentemente, sentimentos de frustração ou até zanga.

Talvez esteja na hora de começar a refletir mais sobre os seus “sim”:
Será que é mesmo necessário? 
O que vai ficar para trás se disser que “sim”? 
Será que vale a pena?
Será que quer mesmo dizer “sim”? 
O que o/a impede de dizer “não”?

Pode haver muitas razões diferentes que o/a impedem de dizer que “não” a alguém – temer que esta ação gere um conflito, que a outra pessoa fique desiludida, acreditar que é a sua obrigação… Pode ser importante pensar sobre estas razões e questioná-las para que, mesmo que a resposta seja a mesma, possa estar consciente da sua escolha.

O objetivo não é passar a dizer “não” a tudo, mas deixar de dizer “sim” a coisas que nem queria realmente fazer, que não lhe fazem assim tanto sentido ou que não tem tempo para fazer.

Pode começar devagar – ao invés de dizer logo que não, pratique o “deixa-me pensar e já te digo”. Com esta resposta está a permitir-se ter o tempo que precisa para refletir sobre prós e contras e tomar uma decisão mais consciente.

Esta prática pode salvar o seu dia e a sua saúde mental.

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Sara Cruz

No nosso blog vai poder ler artigos escritos pelas nossas psicólogas sobre temas da atualidade e saúde mental.

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