Durante o ano, mal têm tempo um para o outro. Chegam as férias, e começam as discussões.

Durante o ano, com o “ram-ram”, as rotinas, os horários e a quantidade de trabalho (remunerado e não remunerado), por vezes é difícil dedicar tempo ao casal. Eis que chegam as férias, e os conflitos começam a estar presentes de uma forma mais recorrente, e mais intensa.

É-lhe familiar, esta sensação? Será que os conflitos sugerem necessariamente que a relação está a chegar ao fim?

E se olhássemos para os conflitos como um alerta?; um alarme que vale a pena ouvir?; como um recurso, que até pode ser útil para o casal?

É muito comum haver mais conflitos quando o casal vai de férias, visto que é precisamente nas férias onde surgem mais oportunidades para os mesmos. No fundo, o sintoma agravou-se, porque houve tempo e espaço para isso, e porque ele nunca tinha tido oportunidade para se manifestar anteriormente.

As férias dão tempo e espaço para o casal discutir, porque passam mais tempo em conjunto, e com menos distrações. Além disso, as expetativas elevadas e irrealistas transformam-se mais tarde num custo, porque provavelmente terá imaginado que “nas férias sim, é que será tudo perfeito”.

E depois verificamos o contrário – trânsito na ponte, calor, crianças a discutir e ainda o desafio de escolherem onde passar o dia.

Não é nada fácil. Mas lembre-se, não foram as férias que provocaram isto. Foi, sim, a falta de tempo de qualidade dedicada ao casal ao longo de todo o ano, que depois se manifestou numa quantidade de tópicos que querem ser falados, e que se querem fazer ouvir.

Os conflitos não são o problema. São somente o alerta de que há coisas que precisam de ser faladas entre o casal.

Diz-se que entre marido e mulher não se mete a colher. Se precisarem de ajuda, quebrem esta tradição. Fico ao dispor para vos ajudar.

blog sara cruz clínica

Sara Cruz

No nosso blog vai poder ler artigos escritos pelas nossas psicólogas sobre temas da atualidade e saúde mental.

Procurar

Você também pode gostar