Durante o ano, com o “ram-ram”, as rotinas, os horários e a quantidade de trabalho (remunerado e não remunerado), por vezes é difícil dedicar tempo ao casal. Eis que chegam as férias, e os conflitos começam a estar presentes de uma forma mais recorrente, e mais intensa.
É-lhe familiar, esta sensação? Será que os conflitos sugerem necessariamente que a relação está a chegar ao fim?
E se olhássemos para os conflitos como um alerta?; um alarme que vale a pena ouvir?; como um recurso, que até pode ser útil para o casal?
É muito comum haver mais conflitos quando o casal vai de férias, visto que é precisamente nas férias onde surgem mais oportunidades para os mesmos. No fundo, o sintoma agravou-se, porque houve tempo e espaço para isso, e porque ele nunca tinha tido oportunidade para se manifestar anteriormente.
As férias dão tempo e espaço para o casal discutir, porque passam mais tempo em conjunto, e com menos distrações. Além disso, as expetativas elevadas e irrealistas transformam-se mais tarde num custo, porque provavelmente terá imaginado que “nas férias sim, é que será tudo perfeito”.
E depois verificamos o contrário – trânsito na ponte, calor, crianças a discutir e ainda o desafio de escolherem onde passar o dia.
Não é nada fácil. Mas lembre-se, não foram as férias que provocaram isto. Foi, sim, a falta de tempo de qualidade dedicada ao casal ao longo de todo o ano, que depois se manifestou numa quantidade de tópicos que querem ser falados, e que se querem fazer ouvir.
Os conflitos não são o problema. São somente o alerta de que há coisas que precisam de ser faladas entre o casal.
Diz-se que entre marido e mulher não se mete a colher. Se precisarem de ajuda, quebrem esta tradição. Fico ao dispor para vos ajudar.




