Nas redes sociais apenas são publicados corpos perfeitos, viagens incríveis e relações que parecem felizes. O que as pessoas querem mostrar aos outros, fazendo o paralelismo, é como se fosse o palco principal, após todos os ensaios e preparação nos bastidores, para que tudo no espetáculo seja perfeito.
No entanto, quando vemos estas publicações não temos em conta que este é apenas um teatro, após todos os ensaios que pertencem à vida real, com as suas falhas e perdas associadas. Esta visualização, não integrada na realidade, faz-nos sentir pequenos e sempre em falha, como se nada da nossa vida fizesse sentido e não fosse suficientemente bom.
Esta comparação constante desgasta a autoestima e alimenta a frustração, podendo levar a uma falta de esperança no futuro e nos nossos objetivos de vida. Ainda que, saiba que este contacto constante com as redes sociais e com a vida dos outros tem este impacto, parece existir um lado masoquista e uma esperança de ao vermos esta encenação perfeita nos consigamos aproximar dela.
Lembre-se que cada pessoa tem o seu ritmo, os seus desafios, o seu valor, com ou sem filtro, por isso faça o exercício de tentar olhar mais para os bastidores e desmitificar o espetáculo final. Concluindo, cuidar da saúde mental também é parar de medir a própria vida com a régua dos outros.




