Verão e Desejo Sexual

Está calor, tudo cola, o ar está parado… e alguém pergunta: “hoje apetece-te?  — só se for um duche frio.”

O verão pode ser ótimo para muita coisa, mas nem sempre para a intimidade. Com o calor excessivo, o corpo fica mais cansado, o humor piora, e o desejo… vai de férias. E está tudo bem com isso.

É importante normalizar estas oscilações. O desejo sexual não é uma linha reta — depende de vários fatores, como alterações hormonais, stress, fadiga, e das condições ambientais.

A boa notícia? O desejo volta, mas para isso é importante haver comunicação empática e escuta ativa entre o casal, sem pressão, sem culpa, sem expectativas rígidas.

A intimidade pode assumir formas mais suaves, e isso também é vínculo, também é desejo, só que noutra linguagem. O que conta é manter o espaço para o encontro físico ou emocional. No verão, a conexão entre o casal pode ser planeada de outras formas: um mergulho a dois, um jantar descontraído, um passeio ao final da tarde, ou simplesmente estarem lado a lado com a ventoinha ligada.

E quem sabe, quando a noite cair e a temperatura baixar, o corpo volte a despertar, com vontade renovada. Ou não. E está tudo bem na mesma.

Respeitar o próprio ritmo e o do outro é também uma forma de amar. É assim que se cria segurança na relação: quando há lugar para o desejo, mas também para o “hoje não”, dito com tranquilidade e sem medo.

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Sara Cruz

No nosso blog vai poder ler artigos escritos pelas nossas psicólogas sobre temas da atualidade e saúde mental.

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