Desculpe ou Obrigado?

Dá por si a pedir constantemente desculpa?

“Desculpe incomodar”, “Desculpe perguntar”, “Desculpe a demora…” Se isto lhe soa família, então precisamos de falar.

Há momentos em que pedir desculpa é o mais adequado — quando de facto erramos, magoamos alguém ou causamos prejuízos. O que mostra responsabilidade, respeito e empatia pelo outro.

Mas quando o “desculpa” se torna um hábito, como se estivesse constantemente a falhar, isso pode revelar insegurança, medo de desagradar ou uma sensação constante e interna de estar realmente “a falhar”.

A verdade é que este padrão não surgiu do nada, nasce: da educação, de relações em que sentiu que tinha de se anular para evitar conflitos, ou de ambientes em que o erro não era tolerado. Com o tempo, o pedido de desculpa deixa de ser um gesto de responsabilidade e transforma-se numa espécie de reflexo automático.

Na prática, pedir desculpa em excesso, tem consequências:

  • Na autoestima: reforça a crença de que está sempre a falhar.
  • Na forma como os outros o veem: transmite falta de confiança e insegurança.
  • Nas relações: pode abrir espaço para dinâmicas de submissão e colocar as suas necessidades em segundo plano.

A boa noticia é que existe uma alternativa simples: troque o “desculpe” por um “obrigado”. Alguns exemplos:

Em vez de ‘Desculpe a demora’, diga ‘Obrigado por esperar’.

Em vez de ‘Desculpe incomodar’, diga ‘Obrigado pela sua atenção’.

A forma como falamos molda a forma como nos sentimos. E trocar desculpas em excesso por gratidão é um passo simples, mas poderoso, que vai fortalecer a sua autoestima, confiança e a forma como os outros o veem.

Pequenas mudanças, Grande impacto.

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Sara Cruz

No nosso blog vai poder ler artigos escritos pelas nossas psicólogas sobre temas da atualidade e saúde mental.

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