À primeira vista, o perfecionismo pode parecer uma qualidade positiva, afinal, quem não quer fazer tudo da melhor forma possível? Vivemos numa cultura que valoriza o desempenho, a produtividade e a excelência, e por isso, não é raro confundir este padrão com dedicação ou rigor.
No entanto, perfecionismo é mais do que querer fazer bem, é a necessidade de fazer perfeito, uma meta inalcançável que gera frustração e sofrimento. Envolve expectativas irrealistas de desempenho e performance, autocrítica constante e medo de falhar. A pessoa perfeccionista quer sempre dar o seu máximo, mas muitas vezes acaba por se sentir presa num ciclo de exigência e frustração. Este padrão traz um custo emocional significativo: ansiedade, baixa autoestima, insónias e até burnout. Muitas vezes, por trás do perfecionismo, está também o medo: medo de dececionar, de ser rejeitado ou de não ser suficiente.
Mas é possível quebrar este ciclo. Superar o perfecionismo não significa deixar de se esforçar, mas sim desenvolver uma postura mais flexível e ajustável perante as próprias expectativas.
Eis algumas estratégias que podem ajudar:
- Ver o erro como uma oportunidade de aprendizagem.
- Definir objetivos realistas e possíveis de alcançar.
- Praticar autocompaixão: falar consigo com a mesma gentileza que teria com um amigo.
- Celebrar o progresso, mesmo que pequeno.
- Pedir ajuda: a psicoterapia pode ser um espaço valioso para compreender as raízes do perfecionismo e desenvolver uma relação mais saudável consigo próprio.




