A forma como comunicamos com as crianças tem um impacto profundo na construção da sua autoestima. As palavras que usamos e a forma como as usamos, contribuem para a formação da sua voz interior: aquela que irão ouvir em momentos de dúvida, insegurança ou falha, e que moldará a forma como se veem e falam consigo próprias ao longo da vida.
Elogios como “Que desenho tão bonito!” parecem inofensivos e incentivadores, mas podem reforçar a ideia de que o valor da criança depende apenas do resultado ou da aprovação dos outros. Quando o foco está apenas no produto final, a criança pode aprender que só é digna de reconhecimento quando “acerta”.
Por outro lado, quando destacamos o processo, com frases como “Admiro o teu esforço” ou “Gostei de ver como estiveste concentrado”, estamos a valorizar o empenho, a persistência e a dedicação. Deste modo, as crianças aprendem a lidar melhor com desafios e erros, e acreditam que podem sempre evoluir – isso faz toda a diferença na forma como enfrentam a vida.
As pequenas palavras que usamos hoje tornam-se, muitas vezes, a voz interior que as crianças levarão consigo. Por isso, fale com a criança como gostaria que ela aprendesse a falar consigo própria.