Este medo é mais comum do que parece e pode afetar não só a relação, mas a nós como pessoa. No entanto, este medo, muitas vezes, nada tem a ver com a relação na qual estamos hoje.

Este tipo de insegurança pode surgir, mesmo quando não existem sinais reais de desvalorização por parte do outro. Muitas vezes, está ligada a vivências anteriores (relações passadas, exigências familiares, experiências de rejeição) que deixaram marcas na forma como nos vemos e na forma como acreditamos que precisamos de “ser” para sermos amados.

Quando não temos consciência destas “feridas”, elas podem instalar-se silenciosamente na relação, levando-nos a interpretar pequenos gestos de forma distorcida ou, até mesmo, a esconder partes de nós, por receio de não sermos suficientes.

O amor não se baseia em mérito ou desempenho. Numa relação saudável, ambos devem sentir-se livres para serem quem são, sem medo de não corresponder a uma imagem perfeita ou a expectativas irreais.

Mais do que estar “à altura”, trata-se de construir uma ligação, onde há espaço para o apoio, para a escuta e para o crescimento mútuo.

Se o medo de não estar “à altura” é frequente no seu dia-a-dia, talvez seja um sinal de que há algo dentro de si que precisa de ser ouvido com mais atenção.

Procurar apoio psicológico pode ser um passo importante para perceber de onde vem esse medo e para se libertar do peso de ter de “provar” o seu próprio valor.

Lembre-se: numa relação saudável, não é preciso estar “à altura”, é preciso estar em equilíbrio.