Podem existir alguns bloqueios em desenvolver compaixão, quer seja a dar aos outros, a nós próprios ou em receber dos outros. Estes podem surgir na forma de medos, barreiras ou resistência à compaixão. Os medos surgem quando gostaríamos de ser mais compassivos, mas temos medo de isso nos torne fracos, vulneráveis ou extremamente sensíveis.
As barreiras à compaixão envolvem as coisas que tendem a colocar-se no caminho de sermos mais compassivos, por exemplo, stress da vida diária, problemas de saúde, dificuldades financeiras. A resistência à compaixão surge quando apenas não estamos dispostos a ser mais compassivos, talvez como forma de evitar confrontar um possível medo da compaixão.
Estas dificuldades podem ser alimentadas por crenças erradas sobre o que verdadeiramente é a compaixão. Na nossa cultura está muito enraizada a ideia de que ser compassivo é ser sempre simpático, muito permissivo connosco ou com os outros ou é ser fraco e vulnerável. No entanto, ser compassivo requer muita coragem e disponibilidade para ser sensível e estar aberto ao desconforto, ao sofrimento e à incerteza, tendo o compromisso de agir no sentido de reduzir, aliviar e prevenir estas experiências internas desagradáveis.