É comum, quase inevitável, que os pais se perguntem: “Estou a fazer um bom trabalho?”. Este sentimento pode ser acompanhado por um peso no peito, uma sensação de frustração ou até de culpa. Esta sensação de insuficiência é mais comum do que imagina, e é frequentemente reforçada pela pressão social.
Vivemos numa sociedade que muitas vezes idealiza a parentalidade, promovendo uma imagem de perfeição inatingível. No entanto, esta procura pela perfeição pode ser prejudicial. Não só afeta a confiança enquanto pai ou mãe, como também impacta a sua saúde mental. Ao pressionar-se para ser perfeito, corre o risco de se desconectar do que realmente importa: estar presente e genuinamente envolvido com o seu filho.
Se tem sentido este peso e deseja aliviar a pressão que coloca sobre si mesmo, aqui estão algumas sugestões:
- Aceite a imperfeição
Entenda que errar faz parte da parentalidade. Os erros não definem o seu valor enquanto pai ou mãe, mas sim o esforço e o carinho que coloca no dia-a-dia. - Pratique a autocompaixão
Trate-se com a mesma gentileza que trataria um amigo próximo. Se fosse outra pessoa a sentir o que sente, o que diria para confortá-la? Use essas mesmas palavras consigo. - Celebre as pequenas vitórias
Reconheça e valorize os momentos em que faz algo positivo, mesmo que seja pequeno. O seu filho não precisa que seja perfeito; precisa apenas que seja humano e que esteja presente.
A verdade é que a perfeição não existe. Todos os pais, por mais amorosos e dedicados que sejam, cometem erros. E está tudo bem. Errar faz parte do processo humano e, frequentemente, é uma oportunidade para aprender e crescer, tanto para os pais como para os filhos.
O que realmente importa na parentalidade não é evitar erros, mas sim ser presente, amar incondicionalmente e continuar a tentar, mesmo quando as coisas parecem difíceis.