Sabia que 15 a 20% da população na idade reprodutiva tem problemas de fertilidade? 1 em cada 5 casais deparam-se com desafios nesta área.
Sabemos que a infertilidade é uma Doença do Sistema Reprodutor. Traduz-se na incapacidade de engravidar ou de levar uma gravidez a termo, após 12 meses ou mais de relações sexuais regulares e sem uso de contraceção. É importante distinguir alguns conceitos para melhor compreender o tema.
Podemos, por um lado, falar de Infertilidade Primária – quando não houve uma gravidez anterior, ou, por outro lado, de Infertilidade Secundária – se existiu uma gravidez anterior.
Ademais, os casos de esterilidade estãos presentes quando o casal manteve relações sexuais durante um ano, sem qualquer precaução e não conseguiu uma gravidez. É a total incapacidade gerar filhos, devido a limitações dos seus sistemas reprodutores.
A infertilidade tem um impacto muito significativo nas dimensões biológica, psicológica e social dos sujeitos. Tem, em concreto, elevado impacto emocional nos casais, pois trata se de um processo moroso, incerto, que constitui uma grande contrariedade nos planos do casal e que pode acarretar também alguma pressão social. Torna o casal num foco de grande vulnerabilidade dado que, a não vivência de um acontecimento desejado, pode transformar-se muitas vezes: Num problema; Num fator de distress; Numa crise que se pode instalar; e ainda num stressor crónico. Muitas vezes os ciclos de tentativas e tratamentos acabam por abarcar várias perdas recorrentes, sendo que, mês após mês, podemos encarar a falha.
Por tudo isto, a intervenção psicológica é um recurso extremamente importante durante estes processos, pois permite compreender o ajustamento psicológico do casal para lidar com as dificuldades e vicissitudes deste proceso, bem como elaborar dimensões psicológicas subjacentes que interferem no processo.